29.9.09

contrário do dito, do escrito, do lido ...

... do visto - nos - seus - olhos - cor - de - mel - esverdeado .


olha que coisa mais linda mais cheia de graça.
acha que eu to pronta pra cada uma das suas desculpas mal feitas.
mal moldadas.
nunca houve necessidade intensa de faze-las bonitas, pintadas de algo que dê, no mínimo, pra acreditar.
ai chega eu, no meio da sua historia de quadrinhos sem cor. tentando fazer tudo ficar diferente.
tentando consertar seus passos.
sem nem te perguntar o que você pensa sobre isso.
vai ver, a errada sou eu mesmo. a menina dos olhos não verdes é que pisou no território de areia movediça, e tá se afogando no meio do nada que existe por aqui.
se eu fizer, me arrependo. se não fizer, também.
já pensei em usar de meias verdades, meios caminhos, pegar minha máscara que eu passei a deixar em casa na esperança inútil e burra de que um dia, o ser humano iria se olhar no espelho sem ter vergonha de ser tão meio.
eu sou rápida, extremista, escritora, sonhadora, turista do mundo, eu sou minha.
e a máscara eu vou deixar lá. os jogos parei de jogar.
quero lua grande e bonita, cabelos ao vento, na noite de verão mais bela, com um rosto que eu nunca vá esquecer.
não tenho mais 15 anos, skate e maconha no bolso.
vai ver, eu que sou a louca, que grita, xinga, e desliga o telefone sem esperar o retorno.
eu que não compreendo e tento passar por cima dentro de um espaço que nem se quer, é meu.
mas eu decidi, se eu for pesada de mais, pra esse mínimo todo.

eu to saindo.

28.9.09

get the fuck away from here.

não sei se me protejo, e te calo.
se fujo e me deparo, com o resto de você.
não sei se fico, se gargalho junto. se aproveito o minimo do que ficou por ai.
não sei viver de pedaços. aos meios, não sei fazer desse jeito. não direito.
nem venha com os cabelos bagunçados que ficaram em mim, pregados como tatuagem no metal frágil da minha armadura.
fique longe com esse olhar de malandragem, eu ainda sou uma garotinha.
não quero conselhos.
quero respostas, exijo provas e músicas novas.
acordar nos dias de sim, vendo a pele a brilhar nos raios de sol que entram no quarto bagunçado.
faz tempo que eu não sei ficar na retaguarda.
e eu só quero mesmo. é poder ficar de verdade.
faz tempo que já não sei jogar tão bem como antes.

eu penso em esperar pra ver tudo acontecer.
mas esperar não é saber. quem sabe faz agora, não espera acontecer.

gimme some truth.

9:28 Estação Sé - Segunda Feira 28/09

...e eu, um completo turista de mim. turista da minha cidade. analisando os prédios antigos da São Paulo que pra mim, só tem dezoito anos.
aos trancos e muitos barrancos, fincados, de casas sonhos e tragédias.
São Paulo grande. calçadas embriagadas, paredes empesteadas de palavras mal-ditas.
cadê nossa terra prometida? comida. segurança. e o cidadão segue burro, se contentando com o pouco, carregando suas mochilas enfeitadas de capitalismo rude.
desgraça alheia.
amores vendidos a cada esquina.
sorrisos pregados a cada uma daquelas meninas.
morte escorrendo no suor do negro com a placa cobrindo, como vento, seu corpo imundo.
essa é a minha São Paulo, hoje às 9:28, pátio do colégio.
cheiro dela na minha pele. estação sé. jack jonhson.

mais uma manhã de Segunda-Feira.

27.9.09

infinito particular em 24 hrs.

-pára com isso cá.
-parar com o que? só to conversando com você.
-não, você tá me encantando.



.só não se perca ao entrar.

24.9.09

wtf?

e é de besteira que o mundo tá cheio.
sobre gente estranha eu já tenho muita coisa pra contar.

vida de plástico

se você quiser, te ensino a andar, a desenhar, a escrever, a cantar, recitar, crescer.
olhar pra esse mundo imenso, dar tapa na cara, dar a cara a tapa.
te ensino tudo sobre as coisas que a gente não deve fazer.
te ensino a fechar a tampa do vaso e resolver seus problemas por alguns segundos com a música alta.
ensino a mentir, flertar, enganar, jogar errar, rir para, por, pelos, outros, sorrisos-falsos.
sobe no balão comigo, quero que você me ensine a única coisa que eu não sei; falar de amor.



primavera

eu não gosto de bom gosto, não gosto de bom senso, não gosto de bons modos.
aguento até os caretas, e suas verdades perfeitas.
não ligo para etiqueta, aplaudo rebeldias, não condeno as mentiras, não condeno vaidade.
o que eu não gosto, é de bons modos.

_


opa, lá vem ela.
menina branca. menina primavera. mulher desenhada. poetisa dos olhos tatuados. garotinha das respostas prontas.
ela não se move, ela só espera. sentada em sua cadeira alta, confortável, colorida.
ela não erra. egoísta.
sabe que é linda, se mantém na pose. não desce do salto.
não balança o cabelo. sapatão.
sorriso lindo, rosto enfeitado de sardinhas.
linda. completamente linda.

- às 8.

{síntese.}

23.9.09

o céu lá fora tá brincando de branco amarelado com laranja acinzentado.

i dont want it anymore, sorry.

eu assumo.
paro tudo pela metade.
não quero mais, desisto, invento mil e um motivos para simplesmente não continuar.
eu não entendo, se é porque eu sou nova, ou se é porque eu não amo.
que eu ainda não notei que encontrei um rosto que eu nunca mais vou esquecer.
eu não sei se eu sou fria, ou se me protejo.
se só quero o que não posso ou se quero porque percebi que não posso.
eu é que não saio por ai fazendo juras de amor para qualquer um.
quer dizer, não das verdadeiras.

as vezes, eu me olho no espelho, e ainda tenho crises primárias.
como 'quem sou eu' stuff.
e não passa, não vai passar.
eu não quero parar de me questionar.
já to pela metade. sempre serei depois de sem a outra metade.


des

toca toca toca.
hoje quando eu acordei o barulho da cidade tava três vezes maior, ou quatro.
eu já acordei no pulo, pensando que tinham destruído algum prédio por aqui também, com aviões potentes e aparentemente em constante devoção à lei da gravidade.
quando eu notei que era terrestre e sem mortes, eu fiquei mais aliviada. ou não.
o dia tá estranho, tudo demorado. parando de funcionar.
os gringos na mesma frequência não frequente aqui na Dolce.
e eu com meus arrependimentos sempre em seus casulos protegidos.
a menina da sala de trás continua feia, e sempre me fazendo o des favor de cuidar da minha vida por mim, e ainda contar pras pessoas todas, a quantas anda a mesma.
coitada.
as vezes da um desanimo essa coisa toda de vida social, integral, normal.
e ai a aprovação às pessoas que fazem tudo pelo contrário começa a surgir.
ou melhor, se mostrar.
depois da minha terapia ontem eu notei que tem muita coisa em mim que não surge, só des hiberna.
fiz todas as minhas tarefas num tempo curto, e fiz direito.
o telefone não tocou muito, mas não tocou pouco.
a Deborah não pára na mesa, e infelizmente, parou de fazer direito o que ela sabia muito bem fazer.
e agora, ela não faz bem nem um, nem outro. nenhum.
a saudade tá cada vez maior.
a paciência? flexível, quieta e protegida do tempo estranho que tá hoje.
de resto, tudo igual.

17.9.09

nmcg

não venha com tititi.
nem com jogos prontos, meias verdades. sorrisos lindos.
seios de copo-de-leite.
corpo moreno, unhas feitas.
cabelo da-cor-do-meu.
eu penso como você.
eu sinto como você.
eu sofro como você.
mas faço sofrer, exatamente, como você.
e da dor que a gente causa, a gente sabe mais, do que a dor que a gente sente.

14.9.09

1° julho

eu vejo o que aprendi, e o quanto te ensinei...


-não há porque voltar?
-não penso em te seguir.
-não quero mais a tua insensatez! o que fazes sem pensar, aprendeste do olhar, e das palavras que eu guardei pra ti.
-não penso em me vingar, não sou assim. a tua insegurança era por mim. não basta o compromisso vale mais o coração. e já que não me entendes, não me julgues, não me tentes.
-o que sabes fazer agora, veio tudo de nossas horas, eu que não minto, eu não sou assim.
-ninguém sabia, e ninguém viu, eu estava ao seu lado então. sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher. sou minha mãe minha filha minha irmã e minha menina. mas sou minha só minha. e não de quem quiser! sou Deus, tua Deusa, meu amor.

_

-vamos descobrir o mundo juntos, eu quero aprender com o teu pequeno grande coração meu amor, eu te amo!


10.9.09

sem ele, não sou.

8.9.09

ñ adianta entrar na dança depois que a música já parou

vou indo;
seguindo o som da coisa breve que eu disse antes.

se eu fosse você eu teria medo.
é muita responsabilidade e eu acordo sempre mau humorada.
fumo com frequência e não costumo ligar tanto pro meu cabelo.
óbvio faz parte do meu dialogo diario.
e eu tenho um. aqui.
acredito cegamente que as coisas mais importantes estão nas menores coisas.
e costumo deixar minha marca em paredes.
não acho que depois de tanto tempo tudo muda assim.
durmo sempre com a TV ligada e uma vez por semana estou completamente insuportável.
tenho as minhas teses.
minhas bobagens em papéis que mostro pra quem quiser ler.
odeio que puxem meu saco o tempo inteiro.
e gosto das coisas bem planejadas e pontuais.
luto contra o meu sono porque eu acho que dormir é um eterno desperdício.
sou ciumenta. possessiva. e impaciente.
grossa. e que não sejam comigo.
sarcastica e por favor mais uma dose do mesmo.
e de todos os detalhes. eu noto.
odeio crianças e não quero ser milionária.
extremamente egoista. antes que eu esqueça de falar de mim.
detesto as tipicas conversas óbvias de 'oi tudo bem?'
tenho paura de baratas, principalmente as voadoras.
queria ser invisivel. e o céu sempre tá lindo.
odeio vento e preguiça é a minha melhor qualidade.

would u please, make my tea buster?

juquehy

acordei com o pé esquerdo, calcei meu pé de pato.
chutei o pé da cama, botei o pé na estrada. deu um pé de vento, caiu um pé d'água.
enfiei o pé na lama, perdi o pé de apoio, agarrei num pé de plante, despenquei com pé descalço.
e tomei pé da situação, tava tudo em pé de guerra.

is it really always better when we'r together?

eu não me sinto algo quando não tem ninguém pra me falar.
não me sinto homem forte, feito, belo.
sem ninguém pra me notar.
eu vou mesmo sem açúcar, sem afeto, sem seu doce predileto pra nossa casinha de sape.
eu vou, deixando o mar levar. mar grande, pesado.
ele que te leve, levemente, pra longe de mim.
deixa tudo branco, cinza, bravo, calmo.
diz pra eu não ficar sentida. leva te longe... traz te perto sem sal, com perigo.
faz redemoinho dessas palavras de ondas largas.

4.9.09

hey - wait, i have a new complaint.

1.9.09

mk ur choice.

a diferença entre eu e você, é que você, se conhecer outra pessoa, se relaciona com essa pessoa mesmo alegando amar outra.

eu não.