27.6.09

arctic

I'm sorry love, but i'm gonna bring u down.

26.6.09

e mesmo com tanta coisa pra ser dita, eles acabaram por se olhar.
e deixaram tudo pra lá.
tudo
pra
lá.

25.6.09

é aceitar ou recusar. sempre

na minha vida, sempre foi tudo planejado.
de uma maneira absurdamente, errada e desconcertada.
mas sempre planejado.
minhas roupas, minhas mulheres, minhas quase verdades.
meus shapes, meus sonhos, meus piercings.
a faculdade, o carro, a casa.
a quebra do circulo vicioso que é a minha família de mães solteiras.
mas acho que saiu tudo de moda e o máximo que eu consegui foram todas as minhas unhas roídas.
de novo.
algumas lágrimas, de novo.
e um ex namorado enxendo o raio do saco.
de novo.

eu sempre disse que de todos os males da vida, o pior sou eu.
e ela, mesmo assim, ouvia tudo rindo e sem blush, ainda.

não vou tentar salvar o mundo hoje, nem me desculpar por todos os erros que eu fiz
e nem pelos que eu pensei em fazer.

meu único medo, é você não cumprir com a sua parte e me deixar fazer tudo no final de semana.
sozinha.
de novo.

14.6.09

tks for coming

queria poder tirar mais fotos, beber por mais tempo, comprar novas roupas, desenhar meu futuro.
chorar minhas pitangas, deixar tudo pra lá.
queria poder sonhar os meus dezoito, prever os meus erros, dizer que quando eu crescer... ah, eu vou mudar o mundo.

não ter tantos espelhos, nem tantos medos.
queria poder dormir mais, amar mais, sonhar mais, mais... mais... mais...

mais coragem, pra consertar toda a minha vida.

10.6.09

funny.

é só esquecer, porque as horas vão passar do mesmo jeito.
não é uma modelo feia achando que vai ser grande coisa daqui dois meses que vai atrasar as horas que eu quero tanto que passe.
nem o fato de hoje ser uma quase sexta que as coisas mudam pra quarta.

to pra explodir de saco cheio e ainda são cinco horas da tarde E sete minutos.

7.6.09

03:40 am.

-mo, você tá enjoando de mim?
-não amor, eu to com saudade de você. faz três horas que você tá ai nesse computador, e até agora nem uma pegadinha na piroca.

3.6.09

meet me outside

- i love you.
- u're so lucky.
- yes, i'm.

2.6.09

asleep

dessa vez eu contei certinho os passos até dar na última porta do primeiro vagão que para numa distância de 6 metros da escada rolante.
entrei, e sentei lá no meu banco, do lado do negro e de frente pra mestiça que consegue ter descendência japonesa e ainda assim ter bunda, coxa, peito.
mas ela não é tão diferente assim. ela continua tendo as coisas de japonês.
um celular imenso, cara de superioridade, e viagens semanais.

são judas os dois de verde; são duas pessoas distintas, uma entra lá na primeira porta e a outra entra na última e fica com a bolsa verde musgo batendo no meu ombro.
saúde o casal de japonês.
e ali na santa cruz vêm os dois casais e a menina de 11 anos.

paraíso eu sei que eu não posso dormir mais, porque é muito perto da sé.
e a sé é onde eu desço primeiro.
ai eu vou subo . cheguei

e a senhora do cachecol cor-de-pastel tá lá voltada pra esquerda com cara de árvore.
mais uma guerra depois da escada rolante, e eu entro no vagão.
o negro de boina e óculos com lentes medianas sorri pro celular.
anhagabau, e falar essa palavra é quase arranhar num itanhaem.
republica. abrem as duas portas ai sempre tem no minimo três imbecis que fazem um circulo automatico no meio do trêm sem saber se vão pra direita ou pra esquerda.
santa cecilia. abre lado direito. ai descem.
marechal deodoro, esquerdo. sempre sou só eu que fico do lado esquerdo porque só eu decoro o caminho que eu faço todo dia.
a mestiça vem toda desconcertada se equilibrando no salto de vinil, tentando não demonstrar que mais uma vez, ela tava do lado errado.

próxima estação marechal deodoro.
ali, na putaquelpariu. bem onde eu desço.





1.6.09

peruibe;

e lá estava ela, com os olhos arregalados. cor de mel.
nós tinhamos acabado de chegar, ela veio pra nos dar boas vindas.
corujas são lindas, de perto, mais ainda.
foram três dias simplesmente, perfeitos!
que não tinham meios para serem melhores.
não cabia mais tanta felicidade.
não cabia mais tanto mar azul.
faltava espaço pra tanta cumplicidade.
ele vem com o olhar de criança grande.
com um intuito maléfico de 'furtar o bolo de chocolate da cozinha da pousada'
foram horas conversando sobre o mundo.
e o mundo nos admirando.
eramos um, por todas aquelas largas ondas batendo nas pedras logo ali.
e de repente a lua apareceu.
aquela bola dourada.
fazendo um fio de iluminação.
completa, cheia, nossa e cintilante.

como cada um dos dias que eu te vejo acordar.

eumorro.deraiva.

as vezes eu tenho vontade de largar tudo.
sair correndo daqui, e deixar todos eles pra trás;
voltar pros 15 partir pro 18 dormir a tarde inteira e reclamar do tédio.
virar me em pedras e revirar me em malicia.
mostrar um rosto lindo e me esconder atrás da insegurança.
eu não quero nada nos próximo treze minutos.
no máximo algum vento frio desse que eu to vendo correr daqui.
silêncio e talvez uma xícara de café.

que se danem as modelos.
o dinheiro.
a educação.
a paciência.
e cada uma das segundas feiras.