25.2.10

rosas murchas


me queres por inteira, mas nem sabes onde me guardar.
me queres fêmea feita, mas nem sabes como me alimentar.
pareces leão novo, sem saber gritar.
me põe no pedestal, sabes, tenho medo de altar.
sacia meus desejos, trepamos na sala de estar.
me come feito lobo sem saber uivar.
choras em meu corpo, de curvas que soube moldar.
gemes feito criança que não sabe se lavar
das loucuras dessa onça que te ensinou a amar.

20.2.10

rabo entre as pernas.

hoje meu irmão entrou em casa correndo.
veio de lá de cima gritando Mi-ia Mi-ia!!!!
abri os braços pro pikitito.
ele pulou me beijou e disse:
- Cade o Uésy?

19.2.10

verdade mal dita

cigarro, isqueiro e uma xícara de café.
nove e dezoito da manhã, sol meia boca.
boca fechada.
dor aguçada.
decisão tomada.
que não liga mais nada.
no meio dessa mentirada.

não venha mais me negociar.
é bom as vezes se perder, sem ter porque, sem ter razão.
ah... quantas vezes eu te falei 'isso vai mudar'.
motivo eu nunca dei.
você me avisar ou me ensinar, falar do que foi pra você. não vai me livrar sentir.
eu te digo, nem assim, você vai evitar.
de tanto eu te falar você suverteu o que era um sentimento e assim fez dele razão pra se perder.
no abismo que é pensar em sentir.
não se arrependa dos seus feitos.
seu feitiços e seus medos, eu guardei como segredo.
é hora de virar, a pagina, as costas.
menina dos cabelos dourados agora dorme serena a dor minha de um beijo seu.
dois beijos seu.
três beijos seu.

- Camila eu acho que a gente tem alguma coisa em comum, deve ser nossa inteligencia, deve ser comum, é só que o resto das pessoas são burras.
- Com certeza, é nossa inteligencia menina.

agora é ponto de fraqueza que já fora avisado em meio aos lençois sujos de sexo.
te uso como ponto de referencia menina, que de graça me faz chorar.
não discuto com femeas, as como.
não luto por homens, os tenho.
vou seguindo na rima breve de quem já não quer mais amar.
volto pro casulo do bloco do eu sozinho.
e adeus você.
quero te ver maior. menino mimado.
ve se te alimenta, e saiba que eu fui pro meu lugar.

8.2.10

(?) Gloria on Saturday

- Oi.
- Oi.
- Que isso que tá escrito no seu braço?
- 'Quando o poder do amor vencer, o mundo vai conhecer a paz.'
- Entendi... E... Qual seu nome?
- Camila.
- Do que?
- Guerra. Camila Guerra.
- Então você tá solteira.

2.2.10

A poetisa de verde.

Não tem do que reclamar. Não existe nenhum amor pra chorar. Minhas músicas seguem sem dó. Não existe ilusão pra me enganar.
Só tem felicidade pra acreditar. Eu quis o perigo, e até sangrei sozinho. Vou sozinho. E sozinho caio. Sozinho levanto.Sozinho festejo minhas vitórias, sozinho. Sozinho não divido nada do pouco meu. Ainda não estou cheio de me sentir vazio.
Não tenho amor que não me liga e me magoa o coração, não tenho tristeza aos domingos também não.
To me namorando e me enamorando, to me flutuando, me lendo, me escrevendo, me borboleteando o estômago cheio. To me apaixonando, pelo ato bom e tranquilo de estar só sem se sentir sozinho.
Vou mais é ser minha, mão que levanta, sono que não me dorme. Fiquei grande e vou pro mundo sem dar a cara a tapa, porque agora a cara é minha.
Homem solto, menino e só.
Amigos a parte me abrigam no ninho, ninho de pássaro que voa feito bicho
burro sem saber pousar.

Virei. Verdade que cala e sugere.
Mentira que fala e sozinha cresce.
É descoberta pessoal, deixei de ser bicho.
Virei animal racional.