30.6.08

oi.

sei que quando você ver o blog, vai querer me jogar pela janela.
sei que vai me odiar pelos próximos cinco segundos. mas depois vai arregar, porque você sempre arrega.
esse blog é novo, mas já estava precisando de mudanças. e eu que mudei.
e eu coloquei o contador que você queria. e começei do zero, porque você sabe.
é.
você sabe.

porque ... loira. e óculos e manga comprida, sabe.
oi. gibis e bolhas.
e gato no teto. vinis. OI!

- você me corrigiu. não estava preparada pra isso.

"... eu tenho você e você me tem, e isso basta."

orgulhosa.
e ah, estúpida.

29.6.08

irreversível

eu quase me esqueço que tem que funcionar do seu jeito.
quase me esqueço do seu egoísmo irreversível.
eu jurei pra mim mesma que dessa vez seria diferente.
e vai ser.

como será que eu tenho que amarrar os meus sapatos pra enfrentar a suas pixações nos muros por ai?
qual é a receita pra eu segurar a sua mão e só eu?
do you have to let it linger?
são exatamente 09:45 da porra da manhã de domingo.
e nada, absolutamente nada, mudou.

seus olhares fixos ainda estão marcados aqui.
e as suas atitudes... essas sim, são irreversíveis.
eu não choro mais.
acredito no que dizem por ai.
e não... essa história não acaba aqui.
não.

28.6.08

futilidade na mesa do bar.

é o mundo, e ele sempre pede mais da gente.
é gente da gente, dessa gente que a gente ama, e some nas outras gentes.
coisas de liquidificador.
eu prefiro o nosso mundo ao seu sorriso quando eles estão por perto.
mas mundo é mundo, e o que vale mais é sempre o que tá na moda.
e quem come, é quem vai embora e quem faz chorar. quase que lei.
mas ainda estão rolando os dados...

tudo é tão mais rápido quando eu faço as minhas coisas sozinha.
mas eu não to com pressa, não hoje.
pra quem não sabe amar, fica esperando alguém que caiba no seu sonho, como varizes que vão aumentando, como insetos em volta da lâmpada.

percebi que aquele seu dócil olhar, não era pra mim.
aquele era só, o seu olhar.

25.6.08

um homem pra chamar de meu.

foi num dia de bonecas. das loiras com os seios grandes.
que eu me perguntei. porque a Polly tinha um pai, e eu não.
ela tinha, minhas amigas tinham, as pessoas da novela tinham, eu não.
os cachorros têm pai, sabe.
pode ser que considerem na verdade, ingratidão, afinal, se observarem pelo que se chama eu tinha uns 6.
eu chamava todos os namorados dela, de pai.
e ela mudava tão rápido, que eu as vezes não conseguia acompanhar.

'crianças, o dia dos pais está chegando, vamos todos fazer duplas para montarem seus presentes.'

e nem um pai eu tinha.
as vezes, eu fazia o presente pro João e já tinha mudado pra José.
era bem mais rápido do que as minhas pernas curtas conseguiam acompanhar.
ganhava a Barbie do João, e quando eu ia agradecer, era o José.
rápido.

eu não tinha fotos, não tinha timbre de voz, eu não tinha noção, nem ele pra me cobrir nas madrugadas frias.
não tinha.
eu não queria mudar os nomes, me acostumei com eles.
e provavelmente o nome dele, seria outro, um nome novo.
um rosto novo.
só que os meus nove anos me permitiram um pouco mais de inteligência, se eu fosse atrás, teria um só nome pelo resto da vida.
pra receber o nome, pai.
sem imaginar corte de cabelo.
tom da pele.
jeito da barba.
sem imaginar a marca das roupas.
ou o cigarro que ele pudesse fumar.
eu fui. eu queria um só nome.

ele vem de Minas Gerais.
cheio de boa vontade pra fazer o que dizem identificar uma coisa ou outra.
7 horas de atraso.
desisto, fico com os 6 nomes.
quase não me contive de alegria quando o telefone da minha casa tocou.
era ele.
tinha chegado.
belo, e completamente diferente do que eu me lembrava no resto das fotos que eu encontrei deformadas pelo fogo.

me abraça, o gosto da vitória. eu encontrei um só nome, um só pai.
por que será que ele não veio me procurar antes de eu ter que ir?
por que será que pra ele era mais fácil não ter uma filha?
prefiro acreditar que ele estava muito ocupado com as suas 6 mulheres.
prefiro.
gosto do que é fácil.
simplesmente me atrai.
agora era só ele. e eu passei realmente a noite inteira olhando ele dormir.
vendo o formato dos seus olhos, dos seus lábios, o corte do seu cabelo.
agora sim, ele existia.
era o meu pai.

que resolveu agora, sumir de novo.
acho que o fácil atrai ele também.
deve ser coisa de família, dessas que almoçam juntas nos domingos.
talvez, quando eu tiver uma fixa, eu descubra que gosto tem o macarrão dos domingos.
ou que cor tem, a árvore de natal, no natal.

23.6.08

é; não tem jeito. 1 e 1 são dois.

solidão a dois de dia, faz calor depois faz frio.
você diz já foi e eu concordo contigo.
você sai de perto eu penso em suicidio, mas no fundo eu nem ligo.
eu queria ter uma bomba, um flit paralisante qualquer.
pra poder me livrar do prático efeito das suas frases feitas, das suas noites perfeitas.
você sempre volta, com as mesmas notícias...
eu queria ter uma bomba um flit paralisante qualquer pra poder te negar bem no último instante
meu mundo que você não vê.
meu sonho que você não crê.

e assim, dormir pra sempre

eu queria ter o sono mais pesado.
pra não ouvir as coisas que caem, caindo.
pra não ouvir as pessoas que falam, falando.
pra não ouvir quem chora numa rua movimentada e consideravelmente suja, chorando.


garrafas voam, portões abrem.
abrem também sorrisos, e abrem suas pernas.
mas uma vez me disseram mesmo...
que o que é do homem o bicho não come [?] hahaha


eu queria ter meu sono mais pesado.
pra não ouvir as portas se abrindo e terceiros entrando.
eu queria poder ter isso, pra poder assim, dormir pra sempre.
sem ouvir, sem falar, sem sentir, ah... sem sentir.


deveríamos nos encontrar de novo.
e de novo.
e de novo.
e de novo.


quem será que é pra eu seguir?
em quais dos dias eu devo mostrar meu arco-íris?

ninguém nunca diz como ser tão imperfeito.
é incrível, mas isso nascemos sabendo.
e é tão fácil fazer parte de um mundo tão pequeno, onde os amigos são invisíveis e nunca te ligam outra vez.



eu quero respostas.
exijo provas e músicas novas.

22.6.08

eu só me fodo no role.

agora que eu fiz esse negócio, eu perdi a inspiração pra escrever as coisas.
isso não é bom.

amanhã eu tenho aula naquela porra, e eu to fudida.
realmente e totalmente, fudida.
e o pior: to fudida, sem foder.
ahá.
e essa coisa de eu ter que decidir o que eu quero pra mim sem nem ao menos saber quem eu sou.!?
e essa coisa de eu ter que decidir o que eu quero ser quando eu nem sei se eu quero ser alguma coisa tão rápido.
eu acho bem confortavel acordar de sabado e assistir desenho.

tem um aniversário chegando e eu to com dor de estomago.
já.

ta tarde, eu to sem sono. e amanhã preciso acordar 5:30
enquanto outras milhões de pessoas no mundo fazem sexo, ou ganham uns dinheiros.
eu levanto e vou pro colégio.

enfim, finalizo aqui, vou fumar.

19.6.08

wait, they don't love you like i love you silly

monogamia nula em seus dias tediantes.


eles diziam juntos, que estava na água.
e nas pílulas que te deprimem.
na sua frequência.
que estava entre você, e eu.
no jeito que a gente fodia.
e mais uma vez, entre você, e eu.

eu discordo. acho que na verdade, era tudo mentira, e não estava em lugar nenhum.
eu discordo. acho que na verdade, nem existiu.
discordo.

não sei.

mais o que fazer.

18.6.08

Marlboro;

ela se cansou, e pegou seus pertences, eu de longe, já comecei a observar tudo. abriu três sorrisos e saiu, andava rápido, e aquilo me encantou, andava rápido como eu, mas não por pressa, por costume, dava pra sentir, é costume. a gente passou quase que no mesmo compasso por um restaurante, onde um quase-senhor usava um Creation9 e comia rápido, não por pressa, mas por feiura.
ia lá, andando, como eu já disse, e procurando alguma coisa na bolsa grande, e preta.
saiu de lá um cano curto, e branco, parecia com um cigarro, mas ela fazia tudo tão rápido que eu não consegui enxergar mesmo, o que era.
anda, anda, chega no ponto, respira ofegante, o cansaço de um dia... cansativo.
eu tinha certeza de que ela gostaria muito de estar em casa, e não, na chuva.
opa, chegou a minha lotação, sai na frente, queria atropelar todo aquele bando de gente, nossa como eu odeio muvuca.
ela vem atras, delicada, e com cara de boa moça. ¬¬ perdeu todos os livros que eu poderia escrecver pra ela ao longo de minha vida.entrou na lotação e ficou pertinho de mim, como se eu tivesse alguma coisa pra fornecer.
eu cheguei, desci, e ela vem atrás.eu sei muito dela, tem cheiro de leite ninho ainda, e sempre sempre vai precisar amar alguém na vida. olha só o que ela tá ouvindo agora, musiquinha de bixa do caralho. é, perdi mesmo o encanto.ela olhou pra mim e disse:
-você sempre me olha assim.
-é. sempre. costumo usar meus dois olhos também.
-que rude, não é preciso usar tais palavras.
-imagino que não.

como eu detesto ela, com a sua voz doce e cabelos cor de tinta.como eu detesto ela, e a sua carinha de menina que presta.detesto o valor que ela da pra cada uma das pessoas que entram na vida dela, e detesto, mais ainda, o jeito com que ela toma cada atitude.continuei andando pra casa, menosprezando a existência dela, mas ouvindo cada pensamento da mesma.quase uma música gospel.prefiro que ela seja grossa ou o que quer que ela queira ser, eu vou me manter aqui, firme e alegre.tenho as minhas verdades comigo, e não preciso de um tênis na moda.sempre tem alguém pra te dizer como andar, quantas vezes levantar de uma mesa, que tênis usar, ou até mesmo se você ainda é ou não mais, a mesma pessoa da semana passada. eu me senti bem melhor enquanto ela nao falou nada, não posso ama-la porque somos suspeitos de possuir fronteiras complexas.
me interrompe menina boazinha e disse:"vamos dizer 30 boas razões por que não deveríamos ficar juntas"; eu comecei a dizer coisas como "você fuma", "você mora em Nova Jérsei (tão longe)"; ela começou a dizer coisas como "você pertence ao mundo", tudo o que poderia ter sido facilmente rebatido.cheguei, finalmente cheguei em casa, tirei meu tenis sujo de agua suja.e me deparei com ela.na porta do meu guarda-roupa, onde eu acreditava ser o espelho.