24.6.10

outra vez.







não vou me sujar, fumando apenas um cigarro.








no mais, estou indo embora.

então eu fico

eu e você frente a frente
é o medo e o desejo.
é a desconfiança e a esperança
é o grito e o silencio
é o gelo derretendo no fogo.
eu e você frente a frente
é ter sempre que me confrontar.
encarar os meus erros e as minhas razões
as minhas verdades e as minhas ilusões
o meu poder e a minha impotência.
a minha liberdade e os meus limites.
quando eu to na sua frente, eu sinto toda a minha dor
mas só na sua frente eu posso sentir
todo o meu amor.


vinte e poucos anos

eu sou capaz de ir e vou muito mais além do que você imagina.
eu não desisto assim tão fácil meu amor.
das coisas que eu quero fazer e ainda não fiz.
na vida tudo tem seu preço e seu valor.
e eu só quero dessa vida é ser feliz e eu não abro mão
nem por você nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos.
quero saber bem mais que os meus vinte e poucos anos.
tem gente ainda me esperando pra contar sobre novidades que eu já canso de saber.
e eu sei, também tem gente me enganando.
mas isso é bobagem já é tempo de crescer...

nem por você - nem por ninguém.

10.6.10

viver é melhor que sonhar

e eu vivo.
num conto de fadas. sem maçã envenenada. sem principe pra me acordar, sem capa pra voar.
eu só vivo.
não restam grandes heranças, não ficaram para mim, lindos castelos.
os vestidos longos e as valsas, deixei no meu travesseiro na parte de baixo, junto com os sonhos que eu tive e que ainda não posso viver.
minha abóbora começa a funcionar meia noite. e os meus sete anões são meus amigos, feios, falantes e pequenos.
minha histórinha vou escrevendo uma linha por dia, mas se juntarem todas não temos muito pra contar.
os vilões eu matei um por um. só ficou eu, que ainda to escolhendo se sou ã ou ão.
não vejo tudo como história de final feliz, mas a minha... ai dela se não tiver um.
sem olhos azuis ou irmãs malvadas, os meus pés couberam no sapatinho.
e eu fui a única bela, não tão bela assim, que consegui transformar a fera.
e eu deixo... acontecer.
ainda, sempre esperando que falhem comigo, eu deixo.
eu que não me dou ao luxo do gosto amargo que vejo descer seco na garganta dos que não se jogaram no mundo.
eu que não me dou ao luxo de parar de me ser, porque eu sei que me ser vai além de qualquer entendimento.
eu só quero o luxo do arrependimento de ter feito.
porque estar no palco, é sempre melhor do que estar na plateia.

vamos viver nossos sonhos

temos tão pouco tempo


hoje eu ouvi mais uma vez aquela frase: "eu não tenho onde cair morto"
eu também não.
mas acho até bom não ter que cuidar do lugar sagrado onde eu cairia morta.
sempre vou preferir ter onde me manter sorrindo e viva.
da morte - cuidam por mim.
mas da minha vida sim, quem cuida sou eu.

mais um de quase amor.

Espero
A mulher dos cabelos escuros
Celebro
Ao amor que nunca foi visto
Te quero
Por inteira - mesmo não minha
Sozinha
Deitada, mulher das coxas largas
Dopada
Cheia de si
Segura
A onda de 50 e faz todo mundo rir
Vou indo
Com meu ar de galanteador
Sorrindo
Na tristeza de mais um dia com dor
Pequena
Pocahontas fajuta sem nenhum amor
Agora
Dorme no silêncio que ser só sua lhe causou.