30.9.08

get out

...mas é que nada te incomoda realmente. você é forte, bonita, o que poderia estar errado?
seus pais confiam em você e no seu "alô" as três da manhã.
e você está certa, o mundo está infectado e suas roupas de marca, são suas melhores amigas.
pain.

você não pode ver que estamos ficando cegos? e na falta de amor verdadeiro, ainda temos vadias gostosas dando sopa por ai.
aquele dia eu te disse tudo, tudo que eu achava que precisasse te contar. mais ninguém sabe. ~
eu te contei o meu segredo. meu único segredo.
contei pra uma incógnita que eu não sei da onde veio, ou pra onde vai.

talvez se eu te abraçasse forte, você não teria passado dentre meus dedos, eu sei que não.

mas é tudo sobre hoje, é tudo sobre agora.
é tudo antes que eu torne isso em nada.

what a fucking loss spending that much time with someone only to find out that she was an stranger.

28.9.08

o bobo da corte

hoje é o dia.
eu quase posso tocar o silêncio.
a casa, vazia.
só as coisas que você não quis me fazem companhia.
eu não fico a vontade com a sua ausência.
mas eu já me acostumei a esquecer tudo que vai.
deixa o rosto. deixa as fotos. quanto tempo faz?
deixa os dedos. deixa a memória.
eu nem me lembro.
salas e quartos, somem sem deixar vestígios
meu rosto em pedaços misturado com o que não sobrou do que você sentia.
eu lembro dos filmes que a gente nunca viu.
passando sem parar. em todos os lugares.

mas eu não vou pro inferno. eu não iria tão longe por você.
e vai ser impossivel não lembrar.
eu vou estar em TUDO que você ve.
também não vou pro céu. eu não sou tão bom assim.
quando você encontrar alguém. você vai ver a mim.
a mim.

24.9.08

Meu nome não é Jhonny.

desde os tempos mais remotos, era conhecido em suas bandas.
o homem dos cabelos dourados, pele bronzeada, sorriso encantador, motos e jaquetas de couro.
nenhuma das mães em sã consciência permitiriam que suas filhas namorassem com o cara do pseudonimo.
existe inclusive, uma lenda, na cidade dele. afirmando que o primeiro casamento suicida dele, terminou porque a mulher
o encontrou na cama com outro homem.
além de garanhão, drogado ele também era homossexual.
ou seja, o rapaz era uma incógnita.

talvez nem Deus saiba hoje, o que é que ele faz da vida.
sua casa, grande, bem decorada e polida, com suas estantes que suportam uma grande coleção de revista Veja.
me leva a notar tamanha inteligência.
inteligência esta, que não se mostra presente quando a questão é expressar-se de forma correta.
tão correta quanto a ordem de cor de seu guarda roupa.

ah homem das questões.
onde mora, a sua moradia?
onde se escondem, suas verdades?

ele se mantêm uma incógnita. e em sua pequena cidade, com todas as mulheres já se deitou.
ah homem da barba feita e cervejas escuras.
sua frieza me leva a crer que você sempre soube, onde se escondiam seus filhos sem nomes pré destinados.

dentre a polidez de sua cozinha, encontram-se potes prateados.
e ninguém, nunca vai saber o que se esconde ali dentro.
ah homem do perfume selecionado de acordo com o encontro noturno.
você é um cuzão.

Seu nome não é Jhonny, é João.

Meu nome não é Jhonny.

desde os tempos mais remotos, era conhecido em suas bandas.
o homem dos cabelos dourados, pele bronzeada, sorriso encantador, motos e jaquetas de couro.
nenhuma das mães em sã consciencia permitiriam que suas filhas namorassem com o cara do pseudonimo.
existe inclusive, uma lenda, na cidade dele. afirmando que o primeiro casamento suicida dele, terminou porque a mulher
o encontrou na cama com outro homem.
além de garanhão, drogado ele também era homossexual.
ou seja, o rapaz era uma incognita.

talvez nem Deus saiba hoje, o que é que ele faz da vida.
sua casa, grande, bem decorada e polida, com suas estantes que suportam uma grande coleção de revista Veja.
me leva a notar tamanha inteligencia.
inteligencia esta, que não se mostra presente quando a questao é expressar-se de forma correta.
tão correta quanto a ordem de cor de seu guarda roupa.

ah homem das questões.
onde mora, a sua moradia?
onde se escondem, suas verdades?

ele se mantêm uma incognita. e em sua pequena cidade, com todas as mulheres já se deitou.
ah homem da barba feita e cervejas escuras.
sua frieza me leva a crer que você sempre soube, onde se escondiam seus filhos sem nomes pré destinados.

dentre a polidez de sua cozinha, encontram-se potes prateados.
e ninguém, nunca vai saber o que se esconde ali dentro.
ah homem do perfume selecionado de acordo com o encontro noturno.
você é um cuzão.

Seu nome não é Jhonny, é João.

23.9.08

é tudo paciência.

esses dias, eu estava passando em frente a um desses lugares que vendem doces.eu vi um moranguete.um dos meus chocolates preferidos aos 13 14 e 15.eu sempre gostei da combinação morango com chocolate.logo, eu me lembrei dessa época, de quando eu fazia realmente questão de combinar roupas com as amigas.época em que eu respondia para o meu professor, porque eu queria ser do grupo das maloqueiras do colégio.afinal, colégio público não abriga lideres de torcida. lembrei da época que eu juntava dinheiro a semana inteira pra comprar um lanche, e ver ele inteiro sendo devorado por pessoas que eu não conhecia, mas que eram simplesmente, pessoas que roubavam a porra do meu lanche.tão idealizado.eu era pequena, mas eu sonhava tão alto. e eu me achava tão adulta.tão dona de mim. eu sempre soube de tudo. eu sempre fui pequena.eu tinha medo das meninas, não dos meninos, porque neles eu sempre bati.
esses dias, passando em frente a um desses lugares que vendem doces.eu vi um moranguete.óbvio que eu comprei. e o sabor me fez lembrar de antes, e antes, me levou ao agora.eu voltando do serviço caminhando rapidamente pra chegar em casa e fazer o que eu faço todos os dias.logo, comecei a observar, eu ainda acho que eu sei de tudo.eu ainda sou pequena.ai eu comecei a pensar. a minha avó, tem 62 anos, e ela vive dando lição de moral, e alegando o certo pra mim e pra minha prima. a minha mãe, ouve as lições de moral da minha e as ignora, porque ela sabe o que fazer da vida dela.assim como a minha tia, que da lição em mim e na minha prima. ignorando as da minha .eu, leciono pra minha prima, ela não ouve.ela, leciona pro meu irmão. que já sabe, falar papaquepari, logo, não a escuta.na verdade, a morte surda, caminha ao nosso lado.e ninguém, nem os que acham saber o bastante, como eu.sabem em que esquina ela vai nos beijar.fato é. depois de tudo isso, eu cheguei à conclusão de que ninguém sabe tanto a ponto de saber o bastante, de saber de verdade. a ponto de falar o que é certo e o que é errado.
eu já usei meias coloridas até o joelho, e hoje se eu ver alguém assim, eu com certeza vou dizer que abriram a porta do circo.nem aos 40, aos 14, aos 25, aos 62 sabe-se o que precisa-se saber.porque ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.e ai sim, eu quero ver quem tem o melhor teto de vidro, pra ensinar alguém o que se deve ou não fazer.talvez um dia eu realmente entenda, que perdoar, é esquecer de verdade o que foi feito.não dizer, tá desculpado.que amar não é falar que ama, nem mostrar talvez, é só amar.que tem palavras que recebem acento no plural, sem ter o pauzinho em cima da maldita vogal.que quem rouba nem sempre é corinthiano.que quem fala mal dos outros pra mim, vai falar de mim pros outros.que os efeitos malditos das drogas não vão mesmo vir agora.que o menino de óculos e aparelho, nem sempre é nerd.que ciúme é um sentimento imbecil, e não torna ninguém fiel a você.que burro, não é quem mente, é quem finge que acredita.
eu sei de tudo isso, porque eu li, porque eu senti que era assim, porque algum dia, alguém me ensinou.mas não precisa necessariamente, ser igual pra todos.o melhor gosto do prato principal da vida, é a diferença.afinal, se todos fossem ricos por exemplo, quem trabalharia no bar pra me servir a cerveja?

18.9.08

nem eu sei;

eu não sei na verdade quem eu sou.
já tentei calcular o meu valor.
mas sempre encontro sorrisos. e meu paraíso é onde estou.
por que a gente é desse jeito? criando conceito pra tudo que restou.
meninas, são bruxas e fadas.
palhaço é o homem todo pintado de piadas.
céu azul é o telhado do mundo inteiro.
sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro.
mas eu não sei na verdade quem eu sou.

da onde veio a vida?
por onde entrei, deve haver uma saída.
e tudo fica sustentado pela fé. na verdade, ninguém, sabe o que é.
velhinhos, são crianças nascidas faz tempo.
com água e farinha, eu colo figurinha e formo um documento.
escola, é onde a gente aprende palavrão.
o tambor no meu peito. faz o batuque do meu coração.
e eu nem sei na verdade quem eu sou.

percebi que a cada minuto tem um olho chorando de alegria e outro chorando de luto.
tem louco pulando muros, tem corpo pegando doença. tem gente trepando no escuro.
tem gente sentindo ausência.

16.9.08

be here now

am i that weird?
am i that strange?
i've got one fear. could your heart change?

e que deixem, finalmente, existir o amor.
amor falso, amor platônico, amor puro, amor sonoro, amor relativo, amor entre dois seres idênticos e monstruosos.
amor verdadeiro, amor cicatrizado, amor recompensado, amor comprado, amor entre dois seres completamente diferentes em todos os aspectos e angelicais.

deixem, existir o amor que eu quero sentir.
morem, todos vocês, em suas casas com telhados de vidro.
mas deixem existir o meu amor.
deixem existir o amor da gente.

let there be love.

quem foi que fez esse buraco no céu, para que as estrelas pudessem chorar em cima de mim?
quem foi que abriu esse buraco na terra, e quer me puxar pra dentro dele, me deixando sem uma das coisas que eu mais amo na minha vida?

deixem o amor existir.
o meu amor, amor que une todos os tipos de amor, amor que nem eu sei mais, o tamanho.

e então eu olho em sua direção, mas você está prestando atenção em como o homem que caminha pra longe do seu trono ensanguentado, caminha.
mas é que do momento que eu acordo até o momento em que eu vou dormir, eu estarei ali, ao seu lado, amando-te com a minha forma de fazer isso.
e se você quiser que eu mude algumas das minhas pintas de lugar, eu as mudo pra ti.
se quiseres uma das estrelas que choram em cima de mim. eu lhe darei.

olhe ao redor, amor meu.
eu sempre vou estar esperando por ti.
você sabe o quanto eu te preciso, e eu só peço que você compre a lancheira nova da menina branquinha de cabelos claros.

eu esperei esse tempo inteiro na sua estante, só pra ouvir você me dizer, que você realmente se importa.
e eu quero que você saiba. que eu vou contigo.
seja lá pra onde for.

hoje eu to chateada, eu to cansada, to sem inspiração.
to sem paciência, e mais uma vez, eu to chateada.

ah... deixem o amor existir.
vocês todos, que colocam as bombas no céu.
para que ele amanheça com nuvens e negro.
limpem suas luvas de pelica.
joguem fora suas conversas gravadas, suas coroas pixadas, seus livros encafeinados.
e morram. morram todos.
mas deixem o meu amor, existir.

and we walked through the doors. so accusing their eyes...
like they have any right at all to criticize
hypocrites. you are all here for the very same reason.

14.9.08

desfalque na empresa

já dizia o velho e cansado Renato Russo.
que mostrar o quanto não importa, é mostrar, que importa de mais.
ele disse isso, em uma de suas obras fascinantes.

a gente ficou por ali, no asfalto embriagado, que de tanta sujeira, mostrava-se de outra cor.
a concorrente da garota de Ipanema estava lá, pisando no asfalto da nossa são paulo, assim como eu, tu, ele, nós, vós, eles. todos acabam agindo da mesma forma, e cometendo os mesmo erros.
viver é que é o ciclo completamente vicioso. e como todo vicio é sorridente e de fácil acesso, assim é a vida, qualquer um vivo, sabe viver, da sua forte rude, carinhosa, viciada ou medrosa, eu vivo, tu vives, ele vive, nós vivemos, vós viveis, eles vivem.

não faço promessas malucas, tão curtas quanto um sonho bom. prefiro segurar firme as verdades, e não ter nenhum sonho roubado, não ter nenhum sonho de cinco segundos.

prefiro minha realidade paralela, cinematográfica, firme e real, eu gosto de me aventurar e rir da cara dos tantos burros que estão por ai. eu gosto, tu, ele, nós, vós ela gosta. todos gostam de rir de quem não sabe ter o porte devido, de vilão.
e se me escondes a verdade, é pra me proteger da solidão.


creio que as vendas têm que ser ao gosto do freguês e simplesmente, se você não tem o que vender, abaixe as suas portas. ficar à espera da minha maldição, não me agrada.

falam alto pelos botecos, gritam nos mercados.
socam paredes com suas cabeças horas a fio. eles sabem, que não tem mais jeito.

se um dia, eu os fiz sentir que seriam um pouco do que ela é. desculpem.me eu, ás vezes, não calculo meus abraços.

enfim, pra concluir, eu deixo um grande abraço para todos os demais tripulantes que ficam, eu acabo de entrar numa bolha flutuante sem previsão de retorno.

obrigado por taaaaaanta atenção dedicada.

Att.
Camila Guerra.

6.9.08

sex.ta
















i'll keep flying flying flying

4.9.08

Carmem.

é uma pena que eu pense que são todos meus escravos, estão ali, e não podem partir.
eu sei que determinada rua que eu já passei, não tornará a ouvir o som dos meus passos.
meu portão velho, tem uma pilha, das revistas que eu assino, e nunca leio.
minha cama, está bagunçada, exatamente como eu a deixei hoje de manhã ao sair para cumprir com as minhas obrigações de mero cidadão mortal.
qual será a forma da minha morte?
uma das tantas coisas que eu nunca escolhi na vida.
as minhas roupas passadas, estão jogadas ao chão, onde eu piso por cima, pego, sacudo, e visto.
meu cabelo anda meio sujo, e a minha meia, tá cinza.
ah morte morte morte que talvez, seja o segredo dessa vida.
minhas unhas, não existem mais, e minha familia vive me perguntando, o que foi.


ela não deixou nenhum tempo para se arrepender.
minha cabeça, se mantem em cima do meu pescoço, ao inves de entrar na boca de um leão faminto.
e eu to aqui tentando aprender como resolver os próximos problemas parecidos com esse que me virão visitar.

quem me dera.

eu tenho uma saudade da minha vida.
tenho saudade de quando eu saia de casa as 17 pra chegar exatamente 18 na augusta.

tenho saudade de quando eu ia pro bocage, com as minhas calças largas, cigarro, boné, e vinho.
ah... como eu tenho saudade do tempo em que o abc.dario inteiro era meu.
sinto falta da minha sapatilha que sempre encantava as meninas que eu queria falar. vc é minha.

sinto tanta falta dos dias em que eu voltava correndo pra casa, pra dar tempo de chegar exatamente meia noite.
nossa, mas que saudade de dormir a noite inteira e ficar no pátio da minha escola olhando todos os balançares de bunda.

falta das vezes que eu caia. eu caia mesmo, no chão, ralava-me inteira, ralava até mesmo a bunda que eu nunca tive.
caia de skate, caia de bebada, caia de ódio, caia de chuva, eu sempre caia. eu sempre ria dos tombos.

muita saudade da época que eu saia sempre com o mesmo colar, e sentava na mesma mesa no mesmo bar, na mesma cadeira com o mesmo garçom.
muita saudade de quando eu achava a menina cabeçuda e loirinha, uma graça.
meu deus, me devolva os dias para que eu sinta o mesmo frio na barriga quando um relacionamento novo estava começando.

época em que eu não fazia nada de errado propriamente dito.
eu era bonita, eu escrevia bem.
eu ia eu era eu ava.

meu passado não é desses escuros, meu presente que é.
e eu quase entro em desespero quando eu penso que daqui dois anos, eu vou sentir muita falta do meu hoje.

amanhã me esqueçam, eu quero cair, de bebada, dessa vez.

ah não... não...

Culpe a cafeina pelas ligações de 5 da manhã;
Ela disse, "Ser imprevisivel é minha responsabilidade, baby."
Você espera na porta onde ninguem fica como ficavam antes;
Não precisava fazer isso, mas você fez para dizer que não faria.
Mas talvez sou um pouco fraco - Deixei minha fragilidade tomar conta
Ela disse, "Talvez há um pouco de mim esperando por um pouco de você. baby."

2.9.08

gold lion

A Camila anda estranha, não sabe se põe a franja pra esquerda, ou se dorme de barriga pra cima.
A Camila anda descalça, esses dias, a vi contando carneirinhos em ritmo de samba.
A Camila não sabe se fica com essa fila, ou se faz uma nova seleção.
Ah Camila... foi melhor assim.