30.10.08

do jeito que é.

Amor,meu grande amor, não chegue na hora marcada assim como as canções como as paixões e as palavras. Me veja nos seus olhos, na minha cara lavada me venha sem saber; se sou fogo ou se sou água. Amor,meu grande amor me chegue assim bem de repente, sem nome ou sobrenome, sem sentir o que não sente. Que tudo que ofereço é meu calor,meu endereço a vida do teu filho, desde o fim até o começo. Amor,meu grande amor só dure o tempo que mereça, e quando me quiser que seja de qualquer maneira. Enquanto me tiver, que eu seja a ultima e a primeira. E quando eu te encontrar,meu grande amor... Me reconheça.

Cazuza.

28.10.08

-nossa amor, você fica linda com essa calça nova ai.
-é? ah... mas ela tem essas pedrinhas aqui atrás ó... vou tirar.
-mas fica melhor sem...
-sem as pedrinhas né?
-não. sem a calça.
- (a)

27.10.08

por um triz

por toda a casa, o que me embala é teu som.
estou tão louco em tons...
por todo livro, tudo o que você não tem.
por todo hoje; explicação. por todo ontem.

tão difícil te crer, pior ainda acreditar.
tão difícil te ser, pior ainda te estar.
tão difícil viver, pior ainda respirar.
tão difícil te esquecer, pior ainda deve ser te amar.

nas tuas cordas, já estou por um triz.
pelo país, pelo teu chão.
tintas velhas de uma outra estação. cores que vem, cores que vão.

está num canto as chaves sei que você vem.
na secretária frases, vozes de ninguém.
por todo hoje, explicação.

tão difícil te ver, pior ainda te enxergar.
tão difícil correr, pior ainda te alcançar.
tão difícil morrer, pior ainda é te matar.
tão difícil te dizer, pior ainda te contar.

você vira e você me diz, toda feliz pelo teu não,
poesias na escuridão, versos que vem, versos que vão.
tudo azul na tua imensidão. sonhos que vêm, sonhos que vão.
pelo palco meus textos no chão, falas em vão.
tuas frases são rasas de atriz, tudo que eu quis, e tudo que não.

26.10.08

não me incomode dizendo oi.

cheiro, meu, seu, nosso.
cheiro de gente, cheio de gente.
gente sem cheiro, cheiro sem gente.
cheiro ou não cheiro?

what do you need?

they are all like drugs.
i'll always get addicted in someone else.
but that's ok. everybody must get stone someday.


a Stephanie, era como cafeína, eu precisa acordar com ela ao meu lado todos os dias. e me mantinha acordada até as 4 da manhã.
"preciso comprar mais roupas."

a Kelly, era como lança perfume, completamente desnecessário.
"você me ama cá?"

a Raquel, era como nicotina, alguns dias, eu tinha 20, maço fechado, alguns dias, eu tinha uma maço amassado, viciado, e com apenas 1 cigarro.
"é muito mais fácil, se você simplesmente, não fizer."



a Samara, era como LSD, nem sempre tão sim, nem sempre tão não. quando sim, desfocava paredes de tijolo, transformando tudo em arco íris.
"fica ai, eu trago seu café."

a Jéssica, é como chá de cogumelo, nunca vai haver absoluta recuperação.
"a culpa não foi minha. eu mudei cá."

o Diogo, heroína, quanto mais dor pra injetar, mais eu queria.
"minha lá, eu escrevi um poema pra você."

a Gabriela, era como cocaína, sempre sim, e quando sim, sempre mais.,
"eu gosto muito de você, mas eu gosto muito de muita gente cá."

a Lory, era como maconha, me diverte; mas me cansa.
"namora comigo?"

o Pedro, me parece mais com álcool, as vezes eu desisto.
"vamos tomar uma breja?"

there's no sentimental value to the rose, that fall in my floor.

25.10.08

mãos limpas

-se não fosse pela sua imaturidade, acredite, nada disso teria acontecido.
-se você não fosse tão mais sábio que a sua idade eu não teria a capacidade de me controlar.

não vá contando pra todo mundo, e omita esses supostos crimes.
nós vamos nos adiar pra alguns anos mais tarde.
e ninguém pode saber, exceto nós dois.
e eu devo até querer casar com você, se você tomar cuidado com esse peso, e manter o corpo durinho.
apenas se certifique de que não dirá nada sobre mim pra sua família.
é melhor guardarmos isso pra nós mesmos e não contar a ninguém do nosso ciclo intimo.

qual parte da sua memória é a mais seletiva que tende a esquecer?

23.10.08

blue

azul agora é a cor.
eu amo essa droga que eu tanto preciso.
vou manter o sentimento.
com as luzes vermelhas queimando.
nós estamos procurando as respostas nos passos.
assistindo o mundo fora da janela.
assistindo o mundo parir novas nuvens; logo será de manhã.
as perguntas continuam saindo.
os dedos formigam.
você estaria ali pra tudo?

assista essas pessoas caminhando sem rumo.
esse não é meu vício alimentado.
droga lenta da madrugada.
vem aqui em cima ver comigo, as ondas que são como papéis desfocados azul a fora.
queria conseguir dizer melhor, o quanto eu já te preciso.
eu lembro quando a gente se conheceu, aquele dia, eu sabia, que você seria meu novo azul.

sem inconstância.
eu queria saber dizer melhor...

20.10.08

na mesa de bilhar.

eu preferia nunca ter visto teu rosto desfocado.
se eu já soubesse que ele viraria vários, e ficaria tão distante, e intocável.

eu queria realmente não gostar de você.
e poder dizer.
meu pai é um cuzão.
do fundo de mim.
mas eu não sei, eu não acho isso, eu sei que você tem coisas boas pra fornecer.
além de facilidade pra namorar 6 mulheres ao mesmo tempo.

és livre como um pássaro.
e eles realmente, são bonitos somente de longe.
até os 10 tinha uma parede que me impedia de te ver.
quando nas pontas dos pés, eu enxerguei seu cabelo dourado, eu quis vir pra mais perto.

mas nunca teve alguém pra me dar beijo na testa, e me cobrir nas madrugadas de sereno.
não preciso de encontros , viagens estúpidas nas quais ficamos horas a fio contando nossos casos amorosos. roupas novas, e muita maconha.
eu não preciso mesmo, de nada disso, se for pra ser forçado.

queria ser uma dessas crianças, que têm seus pais perto delas.
que vai no shopping no domingo do dia dos pais, comprar uma gravata azul-marinho pro coroa.

eu quero mais, sempre mais.
que hoje que ontem...
mais, do que eu posso ter.

19.10.08

um pedaçinho do sol.

sem sair do lugar, sem saber, sem notar vi tudo acontecer.
e era novidade sentir algo por alguém assim...
se quiser me trocar, devolver, se livrar, basta não responder.

e nem liga se eu chorar assim, sem porque.
me deixaria louca só de saber que eu não estou onde a pouco eu reinava.
como num salão... segurávamos as mãos.
e somos dois a rodar.

não vá embora, fique um pouco mais, ninguém sabe fazer o que você me faz.

-vamos fazer a playlist

olhando de cima, parecia que eu dominava cada passo dos robôs abaixo.
os carrinhos mudavam de posição, à meu ordenar.
o quarto esfumaçado, quase não mostrava a convidativa, cama.
don't don't don't get out.

foi cintilante.
cena de filme.
com cheiro de cigarro mal tragado, e cerveja velha.

será que os inteligentissimos físicos conseguem calcular as batidas de um coração alterado, levando em conta o todo sentimento grande e bom envolvido?

-não sei porque eu ainda insisto. eu não sei servir cerveja nesse copo. essa porra enche de espuma.
-...
-nossa consegui!
-...
-porra, ficaram dois dedos de cerveja na garrafa. ah mew, vo bota pra fude esse caralho. (vira a garrafa desfazendo toda a obra de não espuma) ai olha, encheu de espuma agora vai toma no cu, que se foda. eu vo fazer assim olha. (joga espuma pia a fora) e quero que se foda essa porra de espuma!
-...

-você quer me ver em pedaços aqui?
-e só o que eu quero.

-nossa essa boca de morango ta bem cremosa ?
.sorri. aquele sorriso filha da puta de lindo.

descobri que eu gosto de ficar em casa nos finais de semana.

-agora é a hora que a gente vai fazer a playlist.

15.10.08

not again

tem alguém ai disposto a ouvir minha história sobre alguém que veio pra ficar?

.

não cai

-agora tu perdeu a aposta. vai ter que ficar sem fumar.
-não esquece que você não passa 24 horas por dia comigo.
-é... não passo. mas tua consciência sabe das coisas.
-nossa, é verdade. eu tenho problemas com isso. fico realmente com peso.
-haha eu não...
-não? ... nossa, eu fico, pesa.
-eu não uso a minha. não sei pra que inventaram isso. é mais simples se você não usar, ela fica sempre... limpa!?

mendigos amam de verdade

eu sempre fico com nojo.
eu fico com nojo e nada me tira o nojo imenso que eu fico.
sempre acontece, e nunca muda.
mas a culpa não é minha, são das pessoas volúveis que eu tiro da minha vida com luvas de pelica.
eu sempre sou a fria.
eu sou a fria da histórinha e nada me tira o nojo, ainda.

já me acostumei com fardos repetidos. com cargos iguais aos outros que eu mastigava com pena.
fico com pena, e de novo com nojo.
grrh.
alguém me salva nessa amebisse toda que contamina as pessoas como uma epidemia, nojenta.
eu falo pra renovar a fila por pena dos que estão por ali com amor puro.
que você pisaria sem dó nem amor sujo.

vai ser sempre assim, ninguém é suficiente.
eu to com nojo. e isso é meu e só meu. isso sim, não é de quem quiser.

12.10.08

adriana ; mentiras

nada ficou no lugar, eu quero quebrar essas xícaras, eu vou enganar o Diabo.
eu quero acordar a sua família, eu vou escrever no seu muro.
e violentar o seu rosto. eu quero roubar no seu jogo, eu já... arranhei os seus discos.
que é pra ver se você volta, que é pra ver se você vem, que é pra ver, se você olha, pra mim.

nada ficou no lugar, eu quero entregar suas mentiras, eu vou invadir sua aula. queria falar sua língua.
eu vou publicar seus segredos, eu vou mergulhar sua guia, eu vou derramar nos seus planos, o resto da minha alegria.

|.eu cansei, de implorar por verdades suas.
deixa seu telefone portátil em cima da mesa.
e atravessa a rua, sem olhar pros lados.|

across the universe

agora você me vem, cheia de razões discretas;
quanto tempo você demora de uma mesa a outra?
anda rápido irracional dos casacos bonitos, e me mostra mais uma vez, que você é o caminho que eu nunca devia ter seguido.

foram meses e meses, eu fui a pessoa mais feliz, eu fui a mais triste.
talvez, eu tenha servido somente, pra te fazer esquecer da pré idosa com crises existênciais e uma suite em cada motel da cidade.
talvez, eu tenha servido somente, pra subir aquela rua suja rápido, torcendo pra não chorar, e te ver do outro lado, lá. mais rápido ainda que eu. já longe, fumando e conversando toda alegre.

aah irracional, você sempre soube fazer melhor que eu.
era tudo jogo, pré destinado, e me dói.
eu não pedi pra você me esperar. eu nem sei ao menos se demora.
mas a falta que eu sinto, é de uma proporção incalculável.

me diga mais uma vez, menininha das verdades cobertas, que diabo você tá fazendo agora?
agora você pode ir, volte a alimentar suas pessoas imbecis, assim como eu, que fiquei por tanto tempo, esperando você conseguir esquecer ela, pra depois você lembrar de outro urso cor.de.merda ao invés de me enxergar. quem sabe.

amor, meu grande amor, só dure o tempo que mereça.
ainda me lembro da gente na ponte, onde ninguém mais nos alcançaria.

eu não falhei.
nem você.

o amor tardou e só.

7.10.08

would you?

observar-te era divino. eu ainda prefiro não entender o que foram tais mãos acenando.
naquele momento em particular, eu estava disposta a te colocar em primeiro plano.
naquele momento em particular, você me encorajou a dizer tudo, que jamais confessaria.
eu sempre quis pra você o que também desejas pra ti. e eu me mantive ignorando suas ridículas quedas.
me desculpe por esquecer meus pedaços no seu travesseiro...
naquele momento em particular, eu saberia dizer algo além de "não sei".
eu saberia, arrancar-te risos facilmente.
entrego-te minhas verdades inventadas, e meus jogos prontos,
se for necessário... você pode falar do perfume dela e eu me manterei firme.
privilégio particular.

você pode pedir espaço pra si mesmo e não ficar by yourself que eu compreenderei.
podes até mesmo amar outra pessoa. eu sei, suco repetido enjoa.
nessa porra de momento particular, eu largo todas as suas roupas fedendo a cigarro.
quem és para seguir em frente com tanta convicção?
eu não quero ser a pessoa em que deposita toda a sua confiança. tenho medo de fardos pesados.
e nesse momento em particular, eu não gostaria se você ficasse mais um pouco.

ações repetidas e desnecessárias são para os fracos.
minha vida inteira é meu dia inteiro.
e eu perdi o medo de errar errando.
e agora me vem você me dizer o que fazer?

ande pelas calçadas que escolheste, irracional dos casacos bonitos.
antes de quebrar todos os meus quadros,
observe se tem algum dos seus na minha parede cor-de-nada, nesse meu momento particular.

6.10.08

subentendido;

eu até que aguento essa sua testosterona mal alimentada.
me conta direito o que foi que você fez.
eu até que aguento essa sua morfina que me irrita.

e se tiver lugares onde vendem saúde e mentiras bem mentidas, você estara na fila.
ah, pequena grande vadia.

você quase que me faz entrar, e olhe só, estavamos sem a presença de estranhos.
será que eu tenho mesmo que te engolir como engulo as minhas pilulas?
meu cabelo cheira a ovo frito que eu tive que levantar pra fazer pra ti.
mas é que eu realmente gosto de você.

eu acho isso tão bonito.
de ser abstrato ... essa beleza é até fugaz.
mas sabe que se um dia , isso tudo acabar , na barra da saia de alguma gostosa fácil por ai.
eu sou quem vai ter que esquecer.
... mas é só uma idéia que existe na cabeça, e não precisa necessariamente acontecer.

é que é sempre aquela coisa, quem flutua, nunca tem foco, certeza, vontade.
eles só flutuam.
já quem voa, sabe tão bem onde vai, que lança o braço pra frente, e vai, só vai.

no mais, eu to indo embora, com o braço pra frente.

deixa ficar assim mesmo, subentendido.