23.9.09

des

toca toca toca.
hoje quando eu acordei o barulho da cidade tava três vezes maior, ou quatro.
eu já acordei no pulo, pensando que tinham destruído algum prédio por aqui também, com aviões potentes e aparentemente em constante devoção à lei da gravidade.
quando eu notei que era terrestre e sem mortes, eu fiquei mais aliviada. ou não.
o dia tá estranho, tudo demorado. parando de funcionar.
os gringos na mesma frequência não frequente aqui na Dolce.
e eu com meus arrependimentos sempre em seus casulos protegidos.
a menina da sala de trás continua feia, e sempre me fazendo o des favor de cuidar da minha vida por mim, e ainda contar pras pessoas todas, a quantas anda a mesma.
coitada.
as vezes da um desanimo essa coisa toda de vida social, integral, normal.
e ai a aprovação às pessoas que fazem tudo pelo contrário começa a surgir.
ou melhor, se mostrar.
depois da minha terapia ontem eu notei que tem muita coisa em mim que não surge, só des hiberna.
fiz todas as minhas tarefas num tempo curto, e fiz direito.
o telefone não tocou muito, mas não tocou pouco.
a Deborah não pára na mesa, e infelizmente, parou de fazer direito o que ela sabia muito bem fazer.
e agora, ela não faz bem nem um, nem outro. nenhum.
a saudade tá cada vez maior.
a paciência? flexível, quieta e protegida do tempo estranho que tá hoje.
de resto, tudo igual.

Um comentário:

. disse...

O cotidiano nos cansa as vezes, não é?
As britadeiras sempre fazendo os mesmos barulhos, o telefone sempre tocando do mesmo modo com aquelas vozes berrando do outro lado.
Os dias, azuis ou não, sempre rumam para o mesmo final..
Um cigarro na beirada da janela para fitar o céu e perguntar oq vem o outro dia..