24.9.08

Meu nome não é Jhonny.

desde os tempos mais remotos, era conhecido em suas bandas.
o homem dos cabelos dourados, pele bronzeada, sorriso encantador, motos e jaquetas de couro.
nenhuma das mães em sã consciencia permitiriam que suas filhas namorassem com o cara do pseudonimo.
existe inclusive, uma lenda, na cidade dele. afirmando que o primeiro casamento suicida dele, terminou porque a mulher
o encontrou na cama com outro homem.
além de garanhão, drogado ele também era homossexual.
ou seja, o rapaz era uma incognita.

talvez nem Deus saiba hoje, o que é que ele faz da vida.
sua casa, grande, bem decorada e polida, com suas estantes que suportam uma grande coleção de revista Veja.
me leva a notar tamanha inteligencia.
inteligencia esta, que não se mostra presente quando a questao é expressar-se de forma correta.
tão correta quanto a ordem de cor de seu guarda roupa.

ah homem das questões.
onde mora, a sua moradia?
onde se escondem, suas verdades?

ele se mantêm uma incognita. e em sua pequena cidade, com todas as mulheres já se deitou.
ah homem da barba feita e cervejas escuras.
sua frieza me leva a crer que você sempre soube, onde se escondiam seus filhos sem nomes pré destinados.

dentre a polidez de sua cozinha, encontram-se potes prateados.
e ninguém, nunca vai saber o que se esconde ali dentro.
ah homem do perfume selecionado de acordo com o encontro noturno.
você é um cuzão.

Seu nome não é Jhonny, é João.

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