4.9.08

Carmem.

é uma pena que eu pense que são todos meus escravos, estão ali, e não podem partir.
eu sei que determinada rua que eu já passei, não tornará a ouvir o som dos meus passos.
meu portão velho, tem uma pilha, das revistas que eu assino, e nunca leio.
minha cama, está bagunçada, exatamente como eu a deixei hoje de manhã ao sair para cumprir com as minhas obrigações de mero cidadão mortal.
qual será a forma da minha morte?
uma das tantas coisas que eu nunca escolhi na vida.
as minhas roupas passadas, estão jogadas ao chão, onde eu piso por cima, pego, sacudo, e visto.
meu cabelo anda meio sujo, e a minha meia, tá cinza.
ah morte morte morte que talvez, seja o segredo dessa vida.
minhas unhas, não existem mais, e minha familia vive me perguntando, o que foi.


ela não deixou nenhum tempo para se arrepender.
minha cabeça, se mantem em cima do meu pescoço, ao inves de entrar na boca de um leão faminto.
e eu to aqui tentando aprender como resolver os próximos problemas parecidos com esse que me virão visitar.

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