O casamento me levou ao extremo do vicio.
O extremo do carinho diario, diurno, noturno.
O casamento me focou muito em estar casada. E quando se casa, se questiona muito o estar feliz. O fazer feliz, o sentir e ser feliz.
As roupas limpas no varal, as contas do mercado, as pontas espalhadas na casa, as escovas dormindo juntas no banheiro.
Tem dois em tudo que é lugar, e ai o estar em um muda de cenário. Fica feio, solitário.
Não mais liberto, não mais feliz. Não mais perto.
O casamento me tirou minhas sextas feiras insanas. Meus amigos bêbados e poligâmicos. Escondeu a MINHA poligamia jamais assumida. E me assumiu apaixonada, me assumiu lavando a louça e a roupa suja uma vez por semana.
Sinto como se meus amores de verão tivessem sido todos mortos.
E eu…? Eu sou a mulher de preto…