9.10.09

quem sabe de mim sou eu. ou talvez não.

tá perdida a tal da menina de verde.
que já foi menina de preto, na calçada.
menina de azul na janela, menina loira na piscina.
a magrela estranha sem piercing, já foi a amiga feia, e a falsa.
amiga ladra. inimiga.
hoje ouvi falar de mim. meu egocentrismo cor de nada saiu saltitando de alegria.
em seguida sentou no canto esquerdo da minha sala de pessoa empregada e chamou o coração pra conversar, logo veio a razão junto.
deu pra ouvir daqui eles rindo do quão burra eu sou dando espaço pro pouco que levaram eles até ali.
não quero mais saber de nada, to realmente a fim de ficar por aqui comigo mesma e borboletas mortas.
jamais vou assumir sobre a minha desconfiança de que o rosto que eu nunca vou esquecer, já tá na minha memória.

hoje atendi um modelo, ele cheirava a 212.
não soube falar nada, entrei em desespero, fiquei gelada, grossa, querendo fugir dessa coisa estranha que um dia eu achei que seria o melhor pra mim.
estou desesperada, não quero encontrar com ela, nem com ele, nem com as minhas amigas.
não quero ir pra buenos aires, nem pra florianopolis, nem pro apartamento 54.
porque eu sei, se eu entrar lá não saio mais.
de novo.

(...) só enquanto eu respirar.

Um comentário:

. disse...

além do meu entendimento