seus costumes. seus perfumes, seus efeitos.
sei seus passos, suas manias. as mesmas que as minhas.
te conheço do avesso. te leio inteira, menina.
que me arranca pele e alma, tira tudo de mim.
mulher independente de sorrisos facéis.
pele de porcelana, lábios distantes e rápidos, sussurra que me ama.
chora alto mantendo as armas separadas, no quarto escuro, nem teu nem dela.
você fica que eu fico.
balança o corpo para dormir seus sonhos.
dorme em paz, a primavera acabou. não volta mais.
não rola na cama, não me procura. não geme.
passou como todo o resto. te trouxe tudo rápido, e agora te deixo o gosto amargo, que eu não soube provar.
anestesia os braços e as pernas. se apoia na bambeza dos meus quadris.
mais uma passagem das longas, e curtas. daquelas que vai tudo de uma vez. das noites em claro cuidando do sue álcool mastigado, engolido e agora atravessado no meio da gente.
bem rápido, as horas, o sexo, as casas. só não deixa esse amor teu, longe do meu.
"primavera se foi, e com ela, meu amor. quem me dera poder consertar tudo que eu fiz. O perfume que andava com o vento pelo ar, primavera soprando um caminho mais feliz."
2 comentários:
uau
bom, muito bom (:
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