num conto de fadas. sem maçã envenenada. sem principe pra me acordar, sem capa pra voar.
eu só vivo.
não restam grandes heranças, não ficaram para mim, lindos castelos.
os vestidos longos e as valsas, deixei no meu travesseiro na parte de baixo, junto com os sonhos que eu tive e que ainda não posso viver.
minha abóbora começa a funcionar meia noite. e os meus sete anões são meus amigos, feios, falantes e pequenos.
minha histórinha vou escrevendo uma linha por dia, mas se juntarem todas não temos muito pra contar.
os vilões eu matei um por um. só ficou eu, que ainda to escolhendo se sou ã ou ão.
não vejo tudo como história de final feliz, mas a minha... ai dela se não tiver um.
sem olhos azuis ou irmãs malvadas, os meus pés couberam no sapatinho.
e eu fui a única bela, não tão bela assim, que consegui transformar a fera.
e eu deixo... acontecer.
ainda, sempre esperando que falhem comigo, eu deixo.
eu que não me dou ao luxo do gosto amargo que vejo descer seco na garganta dos que não se jogaram no mundo.
eu que não me dou ao luxo de parar de me ser, porque eu sei que me ser vai além de qualquer entendimento.
eu só quero o luxo do arrependimento de ter feito.
porque estar no palco, é sempre melhor do que estar na plateia.
Um comentário:
Esse é a meu ver um dos melhores posts que voc~e ja deixou aqui...
Você esta mudando...sua fala esta mudando...rsrrs acho que esta finalmente crescendo...sim digo finalmente, porque se tornar adulto, nao quer dizerque crescemos e sim que perante a sociedade atingimos a maioridade...
Esse sim e um conto de fadas, historia infantil rsrsrssr bem real!
Postar um comentário