aos trancos e muitos barrancos, fincados, de casas sonhos e tragédias.
São Paulo grande. calçadas embriagadas, paredes empesteadas de palavras mal-ditas.
cadê nossa terra prometida? comida. segurança. e o cidadão segue burro, se contentando com o pouco, carregando suas mochilas enfeitadas de capitalismo rude.
desgraça alheia.
amores vendidos a cada esquina.
sorrisos pregados a cada uma daquelas meninas.
morte escorrendo no suor do negro com a placa cobrindo, como vento, seu corpo imundo.
essa é a minha São Paulo, hoje às 9:28, pátio do colégio.
cheiro dela na minha pele. estação sé. jack jonhson.
mais uma manhã de Segunda-Feira.
Um comentário:
São Paulo, fortaleza dos perdidos, labirinto dos aristocratas.
cidade dos ratos e gatos.
Tem beleza, charme. Mas não lhe falta a sujeira infecciosa.
É o berço, a imensidão, a ânsia por crescimento..
mas também a perdição, o caminho errado e o ar que intoxica.
Pode-se respirar seu carbônico ou somente apreciar a brisa em cima de um arranha-céu.
É a maldição e a bênção.
É a maior contradição do Brasil.
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