entrei, e sentei lá no meu banco, do lado do negro e de frente pra mestiça que consegue ter descendência japonesa e ainda assim ter bunda, coxa, peito.
mas ela não é tão diferente assim. ela continua tendo as coisas de japonês.
um celular imenso, cara de superioridade, e viagens semanais.
são judas os dois de verde; são duas pessoas distintas, uma entra lá na primeira porta e a outra entra na última e fica com a bolsa verde musgo batendo no meu ombro.
saúde o casal de japonês.
e ali na santa cruz vêm os dois casais e a menina de 11 anos.
paraíso eu sei que eu não posso dormir mais, porque é muito perto da sé.
e a sé é onde eu desço primeiro.
ai eu vou subo bá. cheguei
e a senhora do cachecol cor-de-pastel tá lá voltada pra esquerda com cara de árvore.
mais uma guerra depois da escada rolante, e eu entro no vagão.
o negro de boina e óculos com lentes medianas sorri pro celular.
anhagabau, e falar essa palavra é quase arranhar num itanhaem.
republica. abrem as duas portas ai sempre tem no minimo três imbecis que fazem um circulo automatico no meio do trêm sem saber se vão pra direita ou pra esquerda.
santa cecilia. abre lado direito. ai descem.
marechal deodoro, esquerdo. sempre sou só eu que fico do lado esquerdo porque só eu decoro o caminho que eu faço todo dia.
a mestiça vem toda desconcertada se equilibrando no salto de vinil, tentando não demonstrar que mais uma vez, ela tava do lado errado.
próxima estação marechal deodoro.
ali, na putaquelpariu. bem onde eu desço.
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